Esbarramos com Pietro durante nossa passagem por Vientiane, um dos poucos brasileiros que encontramos durante toda a viagem. E o interessante foi que o encontramos numa pizzaria tipicamente italiana nessa pequena capital do Laos. Já fazia muito tempo que não comíamos nada ocidental e quando a vontade bateu em nós, lá estava um brasileiro provavelmente na mesma busca por algo se se assemelhasse ao lar. Ele estava sozinho e tinha uma história muito bacana pra contar, paramos pra conhecer esse cara nota 10 com quem nunca mais perdemos contato. E a história de Pietro é assim:
“Eu estava em Phnom Penh, capital do Camboja trabalhando em uma ONG chamada CICFO. A organização possui um orfanato para crianças que perderam os pais, ou que os pais não tem condições de criá-los. Trabalhei na ONG por 6 semanas, através do programa Cidadão Global da AIESEC (Associação Internacional de Estudantes que promove intercâmbios para buscar impacto social).
Foi uma experiência incrível! Aprendi muito com as crianças e as pessoas que gerenciavam o orfanato. Posso dizer que me inseri realmente na cultura cambojana, fazendo amigos do País e aprendendo a língua khmer.”
E concluiu: “O que moveu até o Camboja foi justamente a possibilidade de passar por uma experiência absolutamente nova e aprender com isso. Antes dessa viagem, nem sabia ao certo onde ficava esse país e hoje prefiro ir para lugares ainda inóspitos do que os previsíveis.”
Quando encontramos Pietro, o período de trabalho voluntário no orfanato tinha acabado e ele estava viajando um pouco mais pelo Sudeste Asiático. Foi muito bacana conhecer um cara tão jovem e tão engajado, até porque o Camboja hoje está conseguindo se reerguer graças à força de pessoas como ele, dispostas a ajudar os milhares e milhares de órfãos desse país que foi sede do Khmer Vermelho – um dos regimes políticos mais letais da história da humanidade.
Já escrevemos algumas matérias sobre essa loucura de sistema que até pouco tempo atrás ainda dominava o Camboja.
Em nossa passagem pelo Camboja conhecemos outros jovens e voluntários de várias partes do mundo super engajados nos inúmeros projetos sociais espalhados por todo país. Algo todos tinham em comum: a paixão com que falaram sobre sua experiência.
Muitas pessoas tem nos escrito perguntando de projetos sociais no mundo, fica aqui então uma dica do Walk and Talk para aqueles que estão buscando o voluntariado como vivência de troca e amor.
E você, novas experiências te motivam?!
Por Luah Galvão
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